segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Não me deixe...

Não me deixe, não aqui no vazio, nestas paredes brancas que ferem meus olhos. Não! Não me deixe sozinha com meus pensamentos atormentados, sozinha comigo, por favor, não me deixe! Não solte minha mão, pois meus dedos apodrecerão no ar da solidão. Não largue meu corpo na cama fria, pois minha pele quebrará como a camada frágil de gelo sobre a água. Não, por favor não me deixe! A rosa de minhas faces morrerá pálida sem seu toque, meus lábios secarão sem os seus, não me deixe no mar da desilusão, não me afogue em minhas lágrimas secas. Que será deste rosto morto em frente aos espelho? Como encarar os olhos de vidro partido, os cabelos opacos e a pele transparente? Que será do suspiro de vida melancólico, o último: Não me deixe!

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