sábado, 15 de novembro de 2008

A parte sem o todo

Foi em uma tarde calma e quente
que seus olhos se fixaram num ponto
fixo forjado, um espelho quebrado
e cacos espalhados no concreto enevoado.
Eram os nós de alguma coisa
rasgando a garganta... Tão fechada...
Eram réplicas de sua íris pelo chão
e apenas réplicas num mosaico de confusão,
dentre os cacos não havia cor
calor
nada.
Eis então, passos, ecos e mãos;
os lábios e a promessa...
A leve promessa do sorriso sem métrica,
Tão doce no meio do caos
da solidão.

Um comentário:

Anônimo disse...

O começo me lembrou como está aqui hoje, uma tarde quente e calma, calma até demais, hehe. Bem que podia acontecer comigo aqui como aconteceu no poema, uma pessoa vir "salvar" a outra desse cenário pouco agradável, rs
Até mais.