terça-feira, 7 de outubro de 2008

E...

Quando a vi ela andava sob os raios dourados do sol da manhã, seus olhos contemplavam o nada a sua frente e as folhas estalavam suaves com seus passos distraídos. Eram seus braços que dançavam no ar, seus cabelos que brilhavam no movimento constante... Era qualquer coisa além da compreensão de um observador, além do entendimento dos leigos. Simplesmente o êxtase de uma epifania qualquer. E seu corpo dançava com a música que supostamente ouvia, seus olhos miravam o profundo de sua mente e os lábios dublavam uma poesia inconcebível. E fugia da realidade aquela figura singela e perturbada. Por fora tão serena e nos seus olhos tão soturna, era o contraste de seus impasses. Era apenas a música que fluía com o vento.

3 comentários:

Thais Michele Rosan disse...

Muito lindo o texto!

parabéns.

bjus

Anônimo disse...

Olá Camila.

Encontrei seu site em uma comunidade de escritores do orkut.

Te convido pra visitar meu blog. É minha primeira experiência neste sentido, gostaria de opiniões sinceras. Estou postando um conto por partes. Hoje postei a terceira parte. Fique à vontade se quiser dar uma lida.

Muito bom seu texto! Voltarei novamente por aqui. Já coloquei no meu favoritos!

Beijos

Anônimo disse...

Muito bonito mesmo, existem pessoas que são realmente assim, que ao fazerem algo comum e banal como andar despertam toda essa gama de sentimentos e emoções, são pessoas que parecem levar ao máximo a expressão "divina", ou seja parece não haver outra explicação pra sua existência e pra toda aquela graciosidade do que ter sido inventada por um capricho de algum deus. E você conseguiu captar e descrever perfeitamente alguém assim =)
Até mais.