sábado, 20 de julho de 2013

Não há

Não há mistério que não mereça ser resolvido,
Não há dor que não mereça ser curada.
E não há lembrança, mesmo que devassa,
Que mereça ser esquecida ou apagada.

Não há ferida que não mereça ser fechada
Ou sonhos que não mereçam ser sonhados.
E não há luz que venha de quaisquer olhos
Que mereça ser tragicamente extinta.

Voando no limbo das ações passadas
E mesmo no das ações passivas imponentes,
Não há razão qualquer ou motivo distante
Que justifique, satisfatoriamente, existir

Uma paixão, mesmo que vã, que não mereça
Nem por um segundo, ser lembrada.

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